quarta-feira, maio 28, 2008

DISTRITO DE VISEU - FUGA E RURALIDADE

Uma "grande desadequação" entre empregadores e empregados, que leva as pessoas a "fugirem" para os centros urbanos ou a emigrarem, foi um dos problemas apontados hoje quanto ao mercado de trabalho do distrito de Viseu num estudo do Núcleo de Viseu da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN)."O que há para oferecer não corresponde ao que as pessoas querem fazer, o que as leva a fugirem para os centros urbanos ou a emigrarem, essencialmente para a França, Suíça ou Reino Unido", explicou José Machado, do REAPN.

Segundo José Machado, esta foi uma das conclusões de um estudo que está a ser finalizado pela REAPN, que teve como objectivo caracterizar as tendências sócio-económicas do distrito de Viseu, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Estatística, Instituto de Emprego e Formação Profissional e vários ministérios. Lembrou que, de acordo com a Tipologia das Situações de Exclusão Social, 18 dos 24 concelhos do distrito são considerados territórios envelhecidos e economicamente deprimidos, sendo as excepções Viseu, Tondela, Santa Comba Dão, Oliveira de Frades e Mortágua (moderadamente inclusivos) e Cinfães (industrializado com forte desqualificação).

Ruralidade e desemprego de longa duração

Nota-se ainda "um predomínio da ruralidade", com grande quantidade de pessoas a fazerem uma agricultura de subsistência. José Machado referiu que a taxa de actividade (percentagem da população activa sobre o total) é ainda "bastante baixa" no distrito, sendo que, em Março de 2008, a maioria dos desempregados à procura de um novo emprego eram mulheres (64,1 por cento).
"Por grupo etário, há mais desempregados entre os 35 e os 54 anos (40,8 por cento)", disse, acrescentando que a taxa de desemprego de longa duração era elevada no distrito em 2006, situando-se nos 37,7 por cento. Referiu que há mais homens do que mulheres empregados por conta de outrém, sendo que "os homens trabalham na maioria no sector secundário e as mulheres no terciário".
"O sector terciário é o que tem valores mais apetecíveis (de remunerações médias) em 17 concelhos, o secundário em seis, sendo que o primário é o melhor remunerado no concelho de Carregal do Sal", avançou. No que respeita à população do distrito - que diminuiu de 394.925 em 2001 para 394.844 em 2005 - , José Machado explicou que a densidade é inferior à média nacional, com Viseu, Lamego e Nelas a contrariarem essa tendência.

Índice de depedência dos idosos é maior do que no resto do país

Comparando o distrito ao resto de Portugal, em 2006 "a taxa de natalidade era mais baixa e a de mortalidade mais elevada". "O índice de dependência dos idosos é maior no distrito em relação ao país", disse ainda, justificando esse facto com um também maior índice de envelhecimento da população. Ainda que o estudo reconheça que "tem havido um maior investimento do Estado" em equipamentos de protecção social para idosos e crianças, refere que houve também "um aumento das necessidades das populações face às condições em que vivem".
No Sátão, onde hoje foram dados a conhecer os dados deste estudo, a rede social conta com 46 parceiros. Para tentar lutar contra a pobreza e as desigualdades sociais, a rede social aposta em projectos como o SPOT - Sátão Privilegia Oportunidades Turísticas e o Polifam. O primeiro visa concessionar uma área para efeitos de rentabilização do património natural, criando assim novos empregos e dando visibilidade ao concelho, e o segundo implementar uma política local de família, que visa reduzir os custos fixos das famílias com a educação no primeiro ciclo. FONTE: PUBLICO

terça-feira, maio 20, 2008

A GRANDE CIDADE DO DOURO

Esta terça-feira é dado mais um passo para a construção de uma “grande cidade do Douro”, com a assinatura de um protocolo de cooperação que vai transformar três cidades numa só área urbana.


A ideia passa por transformar Vila Real, Régua e Lamego “numa só cidade do Douro” com um eixo urbano de três pólos diferentes, explica Conceição Silva, coordenadora do Douro Alliance.

Envolvidas estão as três autarquias, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, bem como as respectivas associações comerciais e industriais.Ao todo, oito parceiros estão empenhados em dotar o eixo urbano de mais massa crítica e capacidade de desenvolvimento.

Uma das grandes prioridades passa por uma “maior qualidade de vida”, outra pela “promoção da sustentabilidade”, tentando melhorar a criatividade, a competitividade e inovação. [É preciso], “por um lado atrair empresas e, por outro ter um projecto sustentável”, afirma Conceição Silva.As três cidades distam entre si não mais de 30 quilómetros, ligadas pela A24, e têm cerca de 100 mil habitantes, dos quais, 67 mil nas zonas urbanas.FONTE: RR

quarta-feira, maio 14, 2008

ESCOLAS DE NOVA GERAÇÃO EM LAMEGO


As crianças do Município de Lamego que frequentam o Pré-Escolar e 1º Ciclo vão ter à sua disposição uma escola melhor, inovadora e abrangente, com a construção de três novos centros escolares, uma prioridade absoluta da Câmara Municipal de Lamego e do Ministério da Educação. A criação destes equipamentos segue-se ao anterior encerramento dos estabelecimentos de ensino com menos de 10 alunos e que obrigou à reformulação completa da rede do 1º Ciclo do Ensino Básico em todo o país.


Em cerimónia realizada na cidade do Porto, a 7 de Maio, a Câmara Municipal de Lamego e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) assinaram um protocolo de cooperação que resultará na criação de um dos maiores centos escolares da Região Norte, e o primeiro a nascer em Lamego, junto à Escola EB 2/3 de Lamego, disponível para receber os alunos das freguesias de Almavace, Ferreiros, Sande e Avões.

A nova infra-estrutura deve entrar em funcionamento ainda no ano lectivo 2009/10, representando um investimento financeiro de cerca de cinco milhões de euros, projecto integrado no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). De acordo com a Carta Educativa do Município de Lamego, o número de turmas a considerar na futura escola é de 16 turmas (384 alunos), no 1º Ciclo do Ensino Básico, e de seis turmas (150 alunos), no ensino Pré-Escolar.

A criação de escolas de nova geração visa combater o abandono e exclusão escolar, garantido a oferta de refeições aos alunos e a implementação do programa “Escola a Tempo Inteiro”. A introdução do ensino do Inglês também está assegurada. Os futuros centros escolares vão garantir a igualdade e qualidade de acesso a espaços educativos, possibilitando o enquadramento das exigências, transformações e expectativas de qualidade que existem hoje no Sistema Educativo. O Centro Escolar de Lamego, um edifício a construir de raiz, vai dispor de um vasto conjunto de valências e áreas de apoio, nomeadamente salas de aula, cozinha/refeitório, sala de informática, biblioteca, auditório, reprografia, campos de jogos, recreio coberto e zonas de parque infantil.

Foram ainda aprovados dois novos centros escolares para as zonas nascente e sul do concelho, a construir nas freguesias de Ferreirim e Penude, completando deste modo a requalificação em curso da rede educativa.

Na opinião de Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, esta requalificação do parque escolar “adapta-se às novas exigências sociais, tornando a escola uma instituição mais aberta, moderna e ao serviço de Portugal, implicando uma reorganização do sistema educativo, sem paralelo na História do nosso concelho”. FONTE: CML site oficial

segunda-feira, maio 05, 2008

PROVEDOR DO CIDADÃO COM DEFICIÊNCIA

A Câmara Municipal de Lamego vai criar em breve a figura do Provedor do Cidadão com Deficiência, um órgão municipal independente que terá por função a defesa da criação de acessibilidade e mobilidade para todos, contribuindo para existência de uma cidade justa, solidária e inclusiva.


Este anúncio foi feito durante a reunião nacional de provedores do cidadão com deficiência realizada na cidade de Lamego, a 30 de Abril último, que juntou representantes de Viseu, Lousa, Marco de Canavezes, Santa Maria da Feira e Área Metropolitana do Porto.

Com a criação do novo órgão, os cidadãos vão poder apresentar queixas, por acções ou omissões dos órgãos do poder local ao Provedor, que as aprecia sem poder decisório, dirigindo ao Presidente da Câmara e Vereadores as recomendações tidas como necessárias e julgadas convenientes.

A designação do provedor recairá num cidadão que preencha os requisitos de elegibilidade estabelecidos pela Câmara Municipal de Lamego e goze de comprovada reputação de integridade e competência.

Durante o encontro decorrido em Lamego, os provedores expuseram o trabalho por si realizado e os respectivos planos de actividades para 2008 com o objectivo de continuarem a lutar contra a existência de “barreiras sociais e o tratamento diferente”.

Na primeira linha das suas reivindicações, está a necessidade do Ministério do Ensino Superior rever os currículos dos cursos, nomeadamente aqueles ligados à preparação de professores, de modo a favorecer a sensibilização da juventude, desde a mais tenra idade, para as questões da deficiência. FONTE ESPIGUEIRO