sexta-feira, outubro 26, 2007

TEATRO - CONCURSO DA DISCÓRDIA

O concurso público para os lugares de director e de assistente de direcção e produção do Teatro Ribeiro Conceição, de Lamego, está a ser contestado por vários candidatos, que acusam a autarquia de irregularidades.



O edifício setecentista está a ser recuperado pela autarquia, que espera poder abri-lo ao público no primeiro trimestre do próximo ano e torná-lo num importante pólo cultural da região do Douro.

Entretanto, a empresa municipal Lamego Convida abriu o concurso e um júri constituído por um arquitecto e um economista avaliou os currículos dos candidatos, entrevistou-os e divulgou recentemente o relatório preliminar, onde aparece o nome do produtor cultural Eduardo Costa como o melhor classificado para director e do músico Raul Pinto para assistente de direcção.

Aproveitando o prazo de dez dias dado aos candidatos para contestar, Rui Bruno Quintela Claro da Fonseca (sétimo classificado para director) enviou segunda-feira à Lamego Convida a sua reclamação, admitindo que poderá mesmo avançar com um processo para tribunal se não ficar satisfeito com a resposta.

Rui Quintela disse à Agência Lusa que o concurso começou a revelar irregularidades logo desde o seu aviso de abertura, uma vez que "não exigia absolutamente nada (critérios de admissão)" aos candidatos.

Contou que, no relatório preliminar, era justificado que "a ausência da exigência de qualquer formação específica foi devida ao facto de esta poder constituir um efeito restritivo", mas lembrou que, habitualmente, os concursos se dirigem "apenas aos candidatos com perfil adequado".

Apesar disso, "das trinta e oito candidaturas apresentadas, duas desistiram e dezoito não reuniram os requisitos mínimos considerados necessários ao exercício das funções", lamentou Rui Quintela, que é licenciado em Português/Inglês, tem uma pós-graduação em produção e gestão de espectáculos e experiência na área do teatro.

Por outro lado, considera que o júri de selecção é "desprovido de sensibilidade particular no campo cultural e não possui as capacidades e/ou conhecimentos técnicos minimamente exigíveis para o desempenho sério de tal função", acusando-o de recorrer à subjectividade no processo de avaliação.

Rui Quintela criticou ainda que, nas sinopses dos currículos, se omitam "dados relevantes" - no seu caso, por exemplo, até os dois apelidos que permitem a sua identificação pelo "nome de guerra" - enquanto noutros foram "exaltados" ou "adaptados" alguns dados.

Considera que foi alvo de uma "tentativa de vulgarização" e que a existência de expressões como "assinalável", "óptimo", "excepcional" e "excelente" na avaliação de alguns candidatos prova que "todo o processo foi viciado", pondo em causa os princípios pelos quais se devem reger os concursos públicos.

Também David Carvalho (quarto classificado para director) acha que o concurso foi feito revelando amadorismo, ferindo princípios fundamentais do Código do Procedimento Administrativo e, assim sendo, está a preparar a sua reclamação.

Do seu currículo, sobressai o Curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro, uma pós-graduação na Sorbonne (Paris) e o facto de ser, desde 1986, presidente da direcção e director artístico da companhia profissional de âmbito regional Filandorra - Teatro do Nordeste (Vila Real).

David Carvalho disse à Lusa que, em breve, tomará uma posição mais aprofundada sobre o assunto e também admite que poderá recorrer para tribunal.

Para já, realçou o facto de o concurso ferir os princípios da justiça, da imparcialidade e da boa fé previstos na legislação e de, na síntese avaliativa que lhe foi feita, estar escrito que tem um "horário pulverizado e disperso em múltiplas actividades, com indisponibilidade para o exercício de funções a tempo inteiro".

"Eu nunca disse isso. E na minha vontade mando eu. Claro que, tomando posse num lugar, deixo o outro", sublinhou.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, disse à Lusa que não falará das reclamações enquanto não forem apreciadas pelo júri e que não conhece em pormenor os currículos e o resultado das entrevistas.

"Mas, à partida, não me parece que haja qualquer erro de avaliação", avançou, acrescentando que foi tido em conta "o currículo, a experiência e o perfil mais adequado para o lugar".

Afirmou ainda que "a licenciatura é absolutamente irrelevante" para o exercício do cargo de director e que se pretende que este seja "um gestor e não um director artístico", não vendo, por isso, problema na formação profissional dos elementos do júri.

"Podíamos simplesmente ter nomeado uma pessoa, mas quisemos fazer um processo aberto, ver outros currículos além das pessoas que nos tinham sido indicadas", frisou, lamentando que se seja "preso por ter cão e preso por não ter".

O Teatro Ribeiro Conceição fechou as portas em 1987. As obras de recuperação do edifício, que já apresentava sinais de degradação, estão orçadas em 4,4 milhões de euros e visam colmatar a falta de equipamentos culturais em Lamego. FONTE: Lusa

terça-feira, outubro 23, 2007

RAID AVENTURA RANGER

Lamego acolheu com êxito a primeira edição do RAID AVENTURA RANGER, a 21 de Outubro último, uma corrida de aventura, integrada nas Comemorações do Dia do Exército, organizada em conjunto pelo Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), Câmara Municipal de Lamego e Lamego ConVida.



A formação “Os Viriatos” conquistou a primeira posição da classificação geral por equipas masculinas, enquanto que os “Incógnitos” levaram a melhor na disputa que envolveu equipas mistas.

Esta competição desportiva, fácil, motivadora e interactiva, exigiu muita entrega e sacrifício por parte de todos os atletas que cumpriram com sucesso o calendário completo da prova.

Os participantes do Raid Aventura Ranger utilizaram, ao longo de quatro etapas, a caminhada/ corrida e a bicicleta todo-o-terreno como meios de progressão. A orientação foi a disciplina desportiva base do evento, com recurso a diversos mapas de fácil leitura e interpretação.

A par da orientação, foram desenvolvidas muitas outras actividades, nomeadamente o tiro com arco, jogos tradicionais e transposição de obstáculos (rappel, slide, entre outros). Algumas destas provas foram de carácter facultativo e permitiram às equipas obter bonificações.
FONTE: CML site oficial

sexta-feira, outubro 12, 2007

TEATRO REABRE NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2008

Após um investimento que ultrapassou os cinco milhões de euros, o Teatro Ribeiro da Conceição, em Lamego, deverá reabrir ao público no primeiro trimestre de 2008. A data é avançada pelo presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, que tem em curso o processo de selecção da equipa que irá gerir o renovado espaço cultural.


O nome do director do Teatro Ribeiro da Conceição já está escolhido, mas o autarca escusa-se a revelar limitando-se a dizer que “não é ainda uma figura pública”.
Francisco Lopes adianta ao Jornal do Centro que o “planeamento de exploração do teatro para os próximos cinco anos já está feito” e será co-financiado pelo Programa Operacional da Cultura, entidade que também co-financiou as obras de recuperação e apetrechamento do edifício, adjudicadas por 4.405.286,06 euros, mais IVA. Valor que sofreu uma derrapagem na ordem dos 20 por cento, devido a “contingências estruturais do edifício” que obrigaram à execução de trabalhos a mais, nomeadamente à construção de mais um piso por baixo da plateia para a realização de ensaios.
Quanto à programação do teatro, o autarca diz que irá inspirar-se em experiências bem sucedidas, como o Teatro Viriato, em Viseu, e o Teatro de Vila Real, insistindo na ideia de que terá que ser “ecléctica” de forma a “servir vários públicos”.
No tocante às receitas, Francisco Lopes admite que as “expectativas não são muitos positivas” como demonstram os elevados custos de produção, exemplificando com o Teatro de S. Carlos que tem um custo de espectáculo por pessoa de 150 euros.
A autarquia está, contudo, na disposição de gastar “centenas de milhar de euros por anos” para colocar o nome de Lamego no circuito cultural nacional, argumentando que o Teatro Ribeiro da Conceição é “importante, não só para Lamego, mas também para os concelhos vizinhos”. FONTE: JORNAL DO CENTRO

sexta-feira, outubro 05, 2007

DISPENSÁRIO PARA DEPENDENTES


O edifício que albergou durante muitos anos a extensão de Lamego do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital de Viseu, popularmente conhecido como “Dispensário de Lamego”, vai tornar-se em breve um centro de prestação de cuidados de saúde para pessoas com dependência (toxicodependência, alcoolismo, tabagismo e outros), após a conclusão das obras em curso neste imóvel.

A necessidade de reabertura destas instalações deve-se à urgência de proporcionar uma maior capacidade de resposta ao problema sensível da toxicodependência na região do Douro Sul, uma vez que uma parte significativa dos utentes do CAT de Viseu pertence a esta região.
No âmbito do protocolo de criação deste novo serviço, cabe à Câmara Municipal de Lamego a tarefa de renovar e modernizar este edifício, situado na Rua das Acácias, e providenciar o necessário apetrechamento.

Para a autarquia, assiste-se nos últimos anos à acentuada degradação das condições de acompanhamento, encaminhamento e reinserção de pessoas com dependência neste concelho, o que tem originado um aumento exponencial dos riscos para a saúde pública, situação que é necessário por cobro rapidamente.

Após a sua entrada em funcionamento, o novo serviço prestará, sempre que necessário, cuidados médicos e de enfermagem enquadrados no programa de cuidados ao doente, dispondo de técnicos credenciados de apoio médico, enfermagem, apoio social e psicológico, que funcionarão durante dois períodos por semana.

A criação do novo centro de cuidados de saúde resulta de um protocolo de cooperação a celebrar entre o Município de Lamego, a Sub-região de Saúde de Viseu e o Instituto da Droga e Toxicodependência. FONTE: C.M.L site oficial

terça-feira, outubro 02, 2007

SER BOMBEIRO OBSTETRA

Todas as corporações de bombeiros do distrito de Viseu, à excepção da de Farejinhas, no concelho de Castro Daire, e do corpo de Salvação Pública de S. Pedro do Sul, já assistiram partos nas suas ambulâncias, durante o transporte das parturiantes, mas nunca se registou um boom como no último ano.


A maior incidência de casos ocorre no norte do distrito, sobretudo nos concelhos que eram servidos pelo Hospital de Lamego, e que, com o encerramento daquela maternidade, são obrigados a percorrer o dobro do caminho, para transportar as parturiantes para o Hospital de Vila Real ou de Viseu, consoante o local onde a gravidez foi acompanhada.

“Antes fazíamos 45 quilómetros numa hora até ao Hospital de Lamego, agora levamos duas horas a percorrer 60 quilómetros até Vila Real, numa estrada (EN222) sinuosa”, ilustra Manuel António Fernandes, dos Bombeiros Voluntários de Ervedosa do Douro, no concelho de S. João da Pesqueira, que há duas semanas estiveram em vias de assistir um parto.

Particularmente activos têm estado os Bombeiros Voluntários de Resende. No espaço de cinco meses, tiveram que ajudar a nascer cinco bebés, quatro em ambulância e uma no centro de saúde, enumera José Ângelo, comandante da corporação que, face ao crescimento do número de casos, pediu mais formação para os seus homens. FONTE: JORNAL DO CENTRO

P.S. - Chegou-nos em última hora a notícia de dois obstetras que querem formação em pichelaria.